Quem tem asma sabe bem o que é: custa a respirar. E se notar, é sobretudo durante a expiração que se sente dificuldade. Na asma, as vias respiratórias estão mais estreitas, incham e produzem muco, e o ar tem dificuldade em sair do pulmão durante a expiração. Isto causa tosse, sensação de aperto no peito e falta de ar com os típicos “gatinhos” a miar quando se deita o ar fora.
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Para algumas pessoas as asma pode ser ligeira mas para outras muito grave. A asma pode perturbar o sono, impedir o exercício e ser um factor de complicação respiratória quando apanhamos constipações ou gripe.
As vias respiratórias das pessoas com asma são hipersensíveis a certos factores e reagem de modo exagerado e crónico causando o aperto e dificuldade em respirar.
Por razões genéticas e ambientais, o sistema imune pode causar uma reacção inflamatória nos brônquios em situações muito diversas:
Quando inalamos por exemplo pó de ácaros ou baratas, fumo, pó, pólen, perfumes, gel para o cabelo, champô, laca, fumo de velas, refrescantes do ar, desodorizantes, cremes da pele ou protectores para o sol, compostos industriais voláteis, poluição das grandes cidades.
Mas há medicações como a aspirina ou penicilina que podem causar asma.
Embora haja outros sintomas nas alergias alimentares, os ovos, leite, amendoins e os sulfitos que usam na industria alimentar também podem causar asma.
Em certas pessoas o exercício, o stress, o refluxo ou o frio podem iniciar ou agravar os sintomas.
Na puberdade a asma pode estar ligada aos ciclos hormonais.
O stress, piora todos os sintomas da asma.
A asma é então um processo inflamatório crónico das vias aéreas e para além do alívio sintomático e estabilização das crises com a terapêutica convencional é muito importante abordar factores de risco.
Que factores pode abordar?
- É importante ter-se uma avaliação por alergologia não só para identificar triggers ambientais mas também alimentares. Estes são muitas vezes ignorados.
- Para além de alergias alimentares é fundamental rever a alimentação e função intestinal. Hoje conhecemos a ligação entre a flora intestinal e o sistema imune. Sabemos que os alimentos e antibióticos podem facilitar o aparecimento de populações de bactérias patogénicas no intestino, com consequências para a integridade da mucosa intestinal. Em certas pessoas, alguns alimentos podem alterar a permeabilidade desta mucosa e iniciar uma cascata de reacções que envolvem o sistema imune. O leite, o glúten e o açúcar podem ser alguns dos alimentos que devem ser retirados ou reduzidos.
- O stress moderno pode tornar-se uma realidade crónica que também tem como resultado fisiológico uma inflamação generalizada. Para além dessa inflamação que agrava as vias aéreas, o stress é muitas vezes acompanhado de ansiedade com resultados muito negativos na capacidade respiratória.
- Aprenda a respirar bem! Ensinam-nos tanta coisa e raramente nos explicam como devemos respirar. Ponha uma mão na barriga e ao inspirar sinta essa mão levantar e descer ao expirar. Pratique várias vezes até se tornar o seu modo habitual. Ao respirar “pela barriga”, está a trazer o diafragma para baixo e assim a abrir as bases do pulmão com as suas pequenas vias aéreas. A nossa tendência, quando sentimos falta de ar, é fazer exactamente o contrario e usar apenas o peito. Uma fisioterapeuta respiratória é uma ajuda fantástica na asma.
- Aprenda a focar a mente nas sensações da respiração, a notar se há tensão ou ansiedade. Se a mente estiver demasiado focada nos problemas que tem por resolver, pode treinar trazer a atenção para as sensações da respiração, ou para uma imagem relaxante. Estas técnicas são fáceis de aprender e ajudam imenso a equilibrar as reacções físicas do stress e a manter a calma. Por vezes é o que basta para quebrar aquele ciclo de aflição que um ataque de asma traz.